Cinco poemas de Carlos Eduardo Teixeira
Carlos Eduardo Teixeira nasceu em 1979 na cidade de Feira de Santana-BA, mas vive em Salvador desde muito pequeno. É analista de sistemas e empregado público do SERPRO. Escreve poemas e canções. Também faz parte de um núcleo de clowns e palhaçaria de Salvador. Publica os textos no perfil @interludios.meus do Instagram, no blog interludios.blogspot.com e na página fb.com/interludios do Facebook.
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afrontas à nascente
invocar águas passadas,
dedicá-las a outro rio.
*
idades
quando digo “te amei”
não quero dizer que
deixei de te amar
se digo “te amei”
—e te amo—
isso quer dizer apenas
que este amor
criou idades
*
semelhança
tua semelhança com o mar
ainda consente demais
com minha vontade
de estar porto
e ser perto.
*
amanhã
hoje
eu vivi mil dias.
só hoje.
amanhã é um dia
que não tem nome.
*
a imperfeição da flor
o bicho não vê,
o pólen não leva.