Dois poemas de Laila Angelica Moraes
Laila Angelica Moraes nasceu no dia 06 de setembro em Votuporanga e ainda mora em sua cidade, mesmo querendo alçar voos mais altos. Graduada em Letras: Português/Espanhol na Unifev (Centro Universitário de Votuporanga). Professora de Língua Portuguesa e Espanhola, pesquisadora, revisora, tradutora e estudante de Pedagogia (último ano). E-mail: lailamoraes23@gmail.com. Blog: meusesbocosmetaforicos.blogspot.com.br/
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A vida escorre pelos meus dedos
A dor, o sofrimento e a morte se fazem
presentes em sua vida, Aurora!
Aurora, um nome até engraçado
para usar nesse poema
que escarro nesse momento.
Um poema indigno de qualquer esperança,
riso ou afago do ser que te abandona.
E não é qualquer ser.
Pode ser alguém que mais amamos,
e não precisa ser uma paixão de maio
que termina em setembro.
Pode ser o seu melhor amigo.
Quem disse que amigo não nos abandona às vezes?
E você me dirá que,
se for amigo de verdade, nunca nos abandona!
Pura babaquice de um ser apaixonado pela vida
ou por algo que um indivíduo por aí
inventou a palavra vida.
“Ao vencedor, as batatas!”
Vida! O que é afinal de contas?
Você trabalhar 8 horas por dia,
pagar impostos,
morrer trabalhando e sorrir de vez em quando?
Isso para mim,
não é vida,
é algo que inventaram para justificar
o nosso fracasso como seres humanos.
Então, voltemos às batatas!
E cadê a Aurora para fritá-las?
*
Proseando com a alma
Pobre alma passada
a ferver ligeira.
Me deixe em paz,
Oh! alma faceira e fogueteira
que minhas lágrimas já não descem mais.
Puxa vida! Que cheiro de poesia.
Aff! E poesia tem cheiro?
Tem sim, sinhô.
Tem cheiro de paz e de amor.