não venha mais
como se arrastasse correntes pelos olhos entrou na casa soturna sem soluçar, sem deixar-se sobre nada esfregou contra a mesa um bilhete de papel que trazia entre os dedos três palavras escritas
como se arrastasse correntes pelos olhos entrou na casa soturna sem soluçar, sem deixar-se sobre nada esfregou contra a mesa um bilhete de papel que trazia entre os dedos três palavras escritas
carne branca, cabelos negros olhos intensos, voz branda passos resolutos, coração frio ela
Logo cedo da manhã me contaram que o quarto onde moro - numa antiga casa fincada no ponto mais alto da universidade - é mal-assombrado. Dizem os outros moradores da casa que certa vez, um iraniano que habitou o quarto
ontem me pararam na rua de cima da casa onde renasço todos os dias sem rodeios enfiaram o dedo dentro das minhas misérias interpelando, já pelas minhas costas, "sobre o que rascunha?"
é tarde e dentro do travesseiro pequenos pedaços do dia bailam sem par um resquício de hora e meia na mente, um som pesado batendo na tarde, um arranhado na pele de sol e aquela cor riscada no horizonte pelo início da noite é tarde e essa frase
Intenso e vestido de sublime, o vento passava intermitente varrendo minha grama e rasgando a preguiça do mormaço quente das tarde. Libertava as roupas do varal, e assanhado me lançava uma piscadela de canto de olho, derretendo uma carreta em
antes de dormir rabiscou sabia que manuscreveria momentos desconexos talvez um punhado de efemeridades destoantes que se lançam da mente cansada era assim que justificaria todos aqueles ditos aos olhos desconfiados