Um ensaio de Diana Joucovski
Diana Joucovski, leitora e escritora paulista apaixonada nas artes e nas letras. Autora do blog Caderno de Rupturas, possui textos publicados no Jornal RelevO e aqui, no Ruído Manifesto.
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A mulher reduzida
O arquétipo da Manic Pixie Dream Girl como uma vertente da Cool Girl
Divertida, compreensiva, supostamente forte e bonita para todos os padrões. Essas são as características de maior destaque presentes nessas duas problemáticas representações da mulher idealizada pelo homem: o mito da Cool Girl, ou Garota Legal, desenvolvido pela personagem Amy Dunne no best-seller de Gillian Flynn, Garota Exemplar (Gone Girl), e o famoso arquétipo da Manic Pixie Dream Girl, mais comumente difundido no cinema, cunhado em 2007 pelo jornalista Nathan Rabin em sua crítica de Tudo Acontece em Elizabeth Town. É sobre um joie-de-vivre sem fundamento, contrastando ou não com uma leve melancolia, de uma personagem sem lá muita história e objetivos pessoais, além, é claro, de querer fazer o homem feliz, servindo como sua coadjuvante na vida real ou plot device [1] na narrativa.
Quando eu era criança, até certo ponto da adolescência, costumava ganhar apelidos que diziam da minha altura e do meu estranho comportamento. Estava habituada a ser chamada de girafa e de bruxa, não porque eu fosse absurdamente alta, mas porque é uma ofensa que mulheres sejam maiores que os homens, e não porque fizesse encantamentos, mas era meio excêntrica e instável, o que me tornava bem bruxa. Eu também era solitária, romântica, sonhadora, distraída e estabanada, só que podia ser comunicativa, cética, focada e habilidosa quando queria. Sabia que não tinha nascido com o corpão de uma Megan Fox – ao invés, eu crescia beirando cada vez mais uma Zooey Deschanel no corpo e uma Summer no modo de ser e de levar a vida, antes mesmo de assistir ao filme de Mark Webb, (500) Dias com Ela.
O que eu não sabia é que, com meu jeitinho excêntrico e sonhador, eu poderia conquistar tantos rapazes quanto via as meninas “gostosonas” conquistarem, contanto que seguisse uma fórmula e buscasse o perfil certo de rapaz. Os rapazes hétero do tipo atlético, que veneram a cerveja e o futebol, estavam fora de questão, ao passo que os nerds e intelectuais pareciam ver em mim algo que os outros rapazes não viam. Eu estava nos primórdios da minha farsa de Manic Pixie Dream Girl, ou MPDG, e só viria a descobrir após encontrar e romper sua matriz dentro de mim, o mito primário que dá origem a esse e outros arquétipos, a fascinante Cool Girl.
A escritora e crítica televisiva Gillian Flynn estrutura o mito da Cool Girl através da personagem Amy Dunne, no amargurado monólogo contra o marido, Nick Dunne, durante a reviravolta na narrativa, quando é revelado para o leitor que Amy simulara o próprio sequestro em busca de vingança. Começa assim:
Naquela noite da festa no Brooklyn eu estava interpretando a garota que tem estilo, a garota que um homem como o Nick quer: a Garota Legal. […] Ser a Garota Legal significa que eu sou uma mulher gostosa, brilhante, divertida, que adora futebol, pôquer, piadas indecentes e arrotos, que joga video game, bebe cerveja barata, adora ménage à trois e sexo anal e enfia cachorros-quentes e hambúrgueres na boca como se fosse anfitriã da maior orgia gastronômica do mundo ao mesmo tempo em que de alguma forma mantém um manequim 36, porque Garotas Legais são acima de tudo gostosas.
Ao refletir sobre o quão “muitas mulheres estão dispostas a fingir ser essa garota”, à medida que “nem sequer fingem ser a mulher que querem ser, fingem ser a mulher que um homem quer que elas sejam”, Amy reitera que a Garota Legal é, em essência, aquela que se anula para fingir gostar das mesmas coisas que o homem e que nunca reclama, mas “sorri de um modo humilde e amoroso” (na versão para o cinema, “e depois oferece a boca para o sexo”). É nesse ponto do monólogo em que a MPDG de Nathan Rabin, definida por ele como “aquela criatura cinematográfica cintilante e superficial que só existe na imaginação febril dos escritores”, dialoga com o mito apresentado por Amy.
Pode ser uma versão ligeiramente diferente – talvez ele seja vegetariano, então a Garota Legal adora carne de soja e é ótima com cachorros; ou talvez seja um artista da vanguarda, de modo que a Garota Legal é uma nerd tatuada e de óculos que adora revistas em quadrinhos. Há variações na fachada […]
No filme de David Fincher, o monólogo é alterado e apresenta versões da Garota Legal para os “hipsters que adoram um fetiche de mangá” e os aficcionados por pornografia (“então ela é rata de shopping, gosta de futebol e come coxa de búfalo no fim de semana”). Se Flynn tivesse decidido acrescentar algumas linhas em seu romance, descrevendo uma garota excêntrica, discreta mas selvagem, no estilo “sexy sem ser vulgar” e que existe para satisfazer o homem nerd, traria para a vida real a farsa das MPDGs, que como as demais vertentes da Cool Girl inspira meninas e mulheres jovens a se adequarem na fantasia masculina. A MPDG não é nada além de uma versão da Cool Girl, se o propósito de ambas é trazer “uma leveza, um humor, um relaxamento” para o homem, gostar das mesmas coisas que ele – coisas de homem, para a Cool Girl, ou coisas estranhas, para a MPDG – e satisfazer seus desejos, a ponto de homens reais chegarem a acreditar piamente que essas garotas existem.
Manter a mente despreocupada e no presente, seja ao “ingerir alimentos cheios de aditivos químicos” ou ao “assistir à um filme idiota”, é uma característica importante nas Cool Girls para que sejam atraentes. Tal como supostamente forte (já que “dizer que gosta de mulheres fortes é um código para odiar mulheres fortes”, nas palavras de Amy), a mulher nessas alegorias também é supostamente temperamental. Espera-se que ela seja relaxada como ele ou faça com que ele relaxe, mas que também seja aventureira, impulsiva e selvagem na medida, nos locais e nas horas certas. O homem atraído por uma MPDG não irá achar o máximo se estiverem em público e ela decidir erguer a saia e mostrar a calcinha; no entanto, se for introvertida e de repente se arriscar num show de karaokê, estará assumindo a forma padrão de espontaneidade no arquétipo. Contanto que ela seja selvagem como uma criança travessa e impulsiva para querer sexo a qualquer hora, mesmo em atraso para o trabalho, a mulher continua sendo desejável, pois deixa de ser apenas quando seu estado emocional incomoda a paz do homem e, consequentemente, afeta sua relação com ele.
Um ótimo exemplo da construção e desconstrução de uma MPDG ou qualquer garota dos sonhos é Ruby, do filme de 2012 interpretado e roteirizado por Zoe Kazan, Ruby Sparks. Ruby (descrita pela crítica Judy Berman como “o tipo de garota mágica que pula impulsivamente em piscinas, enfia o braço fora das janelas para sentir o vento e não gostaria de nada além de ficar com um solitário nerd em um videogame”) é uma personagem criada pelo escritor Calvin em decorrência de um bloqueio criativo, que, após ser magicamente materializada, inicia um romance com ele que logo entra em conflito quando ela começa a ter vontade própria. Como sua história havia sido, até então, escrita por Calvin, o fato de Ruby contrariar os mais básicos desejos dele – dizendo o que ele não quer ouvir, cantando quando ele está escrevendo e querendo sexo quando ele não está a fim – frustra Calvin e torna Ruby desagradável, tal como comenta seu amigo Harry: “Mulheres peculiares e confusas, cujos problemas apenas as tornam mais agradáveis, não são reais.”
Nem tão legal, nem tão sonhadora
Quão perigoso é reduzir uma pessoa à uma ideia de pessoa. Com essa afirmação, Zoe Kazan alerta escritores e roteiristas para que haja um cuidado no processo de criação de um personagem, principalmente ao retratar as mulheres, tanto porque as garotas novas crescem se baseando nos moldes que veem na televisão e na literatura, quanto porque os garotos crescem acreditando que conhecerão mulheres inexistentes.
Durante a adolescência, minhas inspirações eram as MPDGs. Aos quinze anos, tudo que eu queria era parecer com a Ruby de Ruby Sparks (e usar os mesmos vestidos rodados) e com a Sam de As Vantagens de Ser Invisível; aos dezesseis e dezessete, torcia para me tornar o acessório mágico de uma banda como fazia Penny Lane, de Quase Famosos; queria conhecer um nerd que se encantasse por mim como fez a Summer, de (500) Dias com Ela, e ser tão deslumbrante e misteriosa quanto a Margo, de Cidades de Papel. Caso tivesse visto Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças naquela época, é provável que pintasse o cabelo várias vezes como Clementine só para expressar minhas alterações de humor. E isso não significa uma falta de personalidade própria, e sim que eu era muito nova, confusa e suscetível como os adolescentes são.
Laurie Penny, colunista do New Statesman, conta sobre a própria experiência de MPDG como uma história que se encaixava: “Os traços físicos e de personalidade já estavam lá, e alguns deles foram, sem dúvida, aperfeiçoados por esse desejo juvenil de agradar.” Para ela, a MPDG “não é explorada adequadamente, em nenhum dos gêneros que eu leio, assisto e aprecio. Ela nunca é uma personagem de ponto-de-vista e não é entendida pelo seu interior. É uma daquelas mulheres as quais é permitida nenhuma interioridade. Em vez de uma personalidade, ela tem excentricidades, uma banda favorita vagamente excêntrica, uma franja descolada.”
Por termos formado nossa personalidade nos baseando em um modelo de Cool Girl, seja no arquétipo da garota sensível e sonhadora, ou da “gostosa e compreensiva” [2], enfrentamos, hoje, o desafio de aprender a separar quais traços de fato nos pertencem e quais reproduzimos e consolidamos pelo desejo de agradar. Não somente as mulheres e garotas comuns, as celebridades também se utilizam dos arquétipos na criação da persona, como revela a jornalista Anne Helen Petersen em seu estudo da atriz Jennifer Lawrence e a história das Cool Girls. Aquela Cool Girl descrita por Amy Dunne em Garota Exemplar, o perfil exato que ela passou anos fingindo ter, é somente uma das versões do que é ser uma Cool Girl, algo que muda com o tempo e de público para público; e o perfil de Amy, especificamente, se assemelha ao de Lawrence em diversos aspectos. Petersen descreve a atriz como uma mulher que
Nunca é polida, está sempre estragando tudo. […] No tapete vermelho, nas fotos dos paparazzi e nos discursos de aceitação de prêmio, ela parece apenas “ser ela mesma”, o que significa qualquer coisa, desde desligar a câmera até reagir com horror quando alguém dá spoiler da terceira temporada Homeland. […] ela pode ter abandonado seus passatempos de tomboy [3], mas ainda adora batatas fritas, pizza e Doritos […] Ela fala sobre comida e seu apetite voraz, constantemente. Ela é incrível em aparecer de intrusa nas fotos alheias. Ela odeia se exercitar e promete dar um soco em quem diz “eu gosto de me exercitar” na cara. As meninas a amam, os caras a desejam.
Ao descrever a aparência da Cool Girl como a garota que parece não fazer esforço algum para manter a pele, o corpo, o rosto e o cabelo bonito porque a beleza lhe é natural, e como aquela que usa um uniforme de jeans e camiseta, “porque se esforçar não é legal”, Peterson me recorda de um livro que comprei aos dezoito anos, chamado Como Ser Uma Parisiense Em Qualquer Lugar Do Mundo, de um grupo de escritoras francesas. Ao relê-lo quatro anos depois, me parece um guia perfeito para uma garota dos sonhos, ou uma mulher dos sonhos. A definição das mulheres parisienses se dá por “imperfeitas, desorganizadas, imprecisas e dissimuladas, engraçadas, atenciosas, curiosas, herdeiras de uma arte de viver.” O itálico na última característica é meu: o termo sugere algo que vem do intrínseco, misterioso e quase místico na mulher parisiense, que, segundo as autoras, faz com que ela “não tenha medo de nada, exceto do medo”, e queira estar “sempre pronta para transar, porque nunca se sabe.”
Como eu poderia ter a pele sempre lisa e o cabelo impecável sem muito esforço, sendo uma garota pobre e periférica, era uma incógnita. Se a parisiense “nunca está contente consigo mesma” embora desfrute de certo privilégio econômico e de classe, quem dirá eu – e eu poderia vestir a melhor calça jeans e a camiseta do tecido mais fino que ainda estaria bem distante do que é ser a Cool Girl parisiense, isso porque ainda tive a sorte de nascer branca. É possível observar que não há MPDGs negras no cinema assim como não se pensa na mulher negra parisiense em livros como esse – para a mulher negra ser uma Cool Girl, é interessante que ela, antes de tudo, não seja negra. A escolha para o título do livro é esperta: Como Ser Uma Parisiense Em Qualquer Lugar Do Mundo, porque Em Qualquer Condição Social, Econômica e Racial seria mais complicado.
“Ela já fez de tudo na vida. Já viu de tudo. Entendeu tudo.” A mulher branca francesa parece ser uma criatura mística como a Manic Pixie Dream Girl, cuja tradução para o português a define realmente como uma Fada [4]. “Ela nunca se maquia para um encontro romântico. Claro. Ela é naturalmente linda. Não precisa disso. Por outro lado, é capaz de passar batom antes de ir à padaria no domingo.” Assim como Ruby Sparks é uma sátira das MPDGs, este livro parece, em um primeiro momento, uma sátira da Cool Girl, mas não é. Caroline de Magret, uma das autoras, concedeu uma entrevista de uma hora no International Author’s Stage sobre a obra. Isso me fez pensar que há, de fato, muitas mulheres – brancas, de classe média – procurando se adequar nessa mulher ideal, uma espécie de Manic Pixie Dream Women.
É relevante apontar a versão masculina da MPDG, menos explorada mas presente em alguns personagens cinematográficos, como no caso de Augustus Waters em A Culpa É Das Estrelas e Ferris Bueller, do clássico dos anos 1980 Curtindo A Vida Adoidado. Se pensarmos num personagem raso, focado no presente e um pouco infantil, já que se deixa levar pelo jeito impulsivo e não tem grandes perspectivas de futuro, estaremos definindo ambos. Ferris é o foco na narrativa e o narrador, mas seu propósito é mostrar a Cameron como a vida passa rápido e por isso deve ser aproveitada. Augustus aparece e muda totalmente a vida de Hazel, tirando-a do seu estado depressivo enquanto ela luta contra o câncer. Os Manic Pixie Dream Boys existem, mas tem bem menos influência na vida de garotos reais sobre como deveriam se comportar.
Conclusão
Chegamos ao questionamento inevitável quando se debate o mito da Cool Girl e suas vertentes. Em um “revolucionário” artigo denominado Você precisa de uma Manic Pixie Dream Girl e eu também, o autor que se define apenas como Cardoso defende a autenticidade das MPDGs na vida real, utilizando-se unicamente de suas experiências pessoais como argumento. “Muito do que vemos em filmes e reclamamos no fundo é baseado na realidade”, afirma Cardoso, “e talvez por isso mesmo incomode, mas de todos os clichês, tropes e ‘coisas de cinema’ a mais realista talvez seja a Manic Pixie Dream Girl.” O autor descreve a MPDG como uma garota “bem mais nova, muito bonita” que não é “um monstro sexual rainha sedutora”, seja lá o que isso queira dizer para ele.
Embora de qualidade duvidosa, o artigo é pertinente por se tratar da visão de um homem que vai tentar nos convencer sobre as MPDGs, o que servirá de exemplo para analisarmos todas as outras vertentes da Cool Girl. “Ela é independente, vive uma vida de aventuras, é não-conformista sem ser militante, é otimista ao extremo, acredita que por trás da cara séria do protagonista há uma alma pura a ser libertada.” Cardoso volta a criticar o ativismo – não característico das MPDGs, vale ressaltar – quando diz que “apesar de todo o positivismo das Manic Pixie Dream Girls, esse tipo de personagem é desprezado pela crítica militante, dizem que só existem para dar sentido à vida do protagonista, que não apresentam drama ou conflito, não são personagens completas. Eu acho isso uma bobagem.”
E eu não discordo totalmente de Cardoso. Acredito sim que existam mulheres bem otimistas, super espontâneas, com gostos excêntricos – como mulheres deslumbrantes que adoram futebol, beber cerveja e comer fast-food; viciadas em sexo, em fazer compras, em jogar vídeo game, em assistir filmes do Adam Sandler, e até em pagar boquete sempre que solicitado. Mulheres tão parecidas com esses arquétipos que de longe nos fazem pensar como Cardoso, que clichês são baseados na vida real e que por isso milhares de mulheres simplesmente são assim; ou ao menos nos perguntar, com nossos botões, se elas não estão fingindo. Foi por indagar se Jennifer Lawrence está fingindo que Anne Helen Petersen escreveu para o Buzzfeed, e foi para conscientizar aquelas que talvez nem saibam que estão fingindo que Zoe Kazan produziu Ruby Sparks.
Eu conheço homens como Cardoso e tenho certeza de que você também conhece. Homens que estão há anos esperando por uma Summer ou uma Robin, de How I Met Your Mother, e que de tantas frustrações passaram a se identificar como Tom’s e Ted’s; sem perceber que, na verdade, sua falta de sorte no amor é uma falta de maturidade – em outras palavras, uma ficha que não caiu. Eles estão aprisionados em um círculo vicioso: quando pensam ter vislumbrado um arquétipo, e até se apaixonado por um durante alguns meses, ele se esvai, logo quando parecia estar se engatando no propósito de mudar a vida desse homem. O que eles não estão prontos para entender, ou se negam a tentar compreender, é que, numa mulher, todas as personagens derivadas dos arquétipos coexistem, porque a mulher real é completa. A mulher que se resume a qualquer conjunto de pré-estabelecidas características, sempre agradáveis ao homem e que procura mantê-las para agradá-lo, é uma mulher reduzida e inconsciente de sua capacidade. A mudança no retrato unidimensional da mulher no cinema e na literatura só irá ocorrer quando houver conscientização dos homens e das mulheres, que, por sua vez, contribuirão para impedir que esses arquétipos continuem se reproduzindo e contaminando a formação da subjetividade de meninas ao redor do mundo.
Os homens crescem esperando ser o herói de sua própria história. As mulheres crescem esperando ser a atriz coadjuvante de outra pessoa. […] A única maneira de chegarmos às histórias é sermos nós mesmas. (PENNY, Laurie, 2013)
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Notas
[1] – Elemento presente em um longa-metragem capaz de mudar a história da narrativa.
[2] – FLYNN, Gillian. Garota Exemplar, 2012, p. 244.
[3] – Menina que apresenta características e comportamentos considerados masculinos.
[4] – Garota Maníaca Fada Sonhadora, segundo o Wikipedia, razão pela qual decidi optar pelo termo original.
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Referências Bibliográficas
BERMAN, Judy. Does ‘Ruby Sparks’ Kill the Manic Pixie Dream Girl? Flavorwire, 2012.
https://www.flavorwire.com/312043/does-ruby-sparks-kill-the-manic-pixie-dream-girl
BEREST, Anne, DIWAN, Audrey, MAGRET, Caroline, MAS, Sophie. Como Ser Uma Parisiense Em Qualquer Lugar Do Mundo. Fontanar, 2014.
CARDOSO. Você precisa de uma Manic Pixie Dream Girl e eu também. Contraditorium, 2017. https://contraditorium.com/2017/11/03/voce-precisa-de-uma-manic-pixie-dream-girl-eu-tambem/
DH, Julia. Cool Girls only: The Modern Male Fantasy. Commons, Princeton, 2019. https://commons.princeton.edu/gendersexualityandmedia/2019/01/15/cool-girls-only-the-modern-male-fantasy/
FLYNN, Gillian. Garota Exemplar. Intrínseca, 2012.
GOMES, Karoline. Por que Augustus Waters é a Summer que deu certo (ou a ascensão do Manic Pixie Dream Boy. Medium, 2018. https://medium.com/@karoline.gomes/porque-augustus-waters-%C3%A9-a-summer-que-deu-certo-ou-a-ascens%C3%A3o-do-manic-pixie-dream-boy-167ac4fe21a1
PENNY, Laurie. I was a Manic Pixie Dream Girl. New Statesman, 2013. https://www.newstatesman.com/lifestyle/2013/06/i-was-manic-pixie-dream-girl
PETERSEN, Anne Helen. Jennifer Lawrence And The History Of Cool Girls. Buzzfeed, 2014. https://www.buzzfeed.com/annehelenpetersen/jennifer-lawrence-and-the-history-of-cool-girls
MAUS, Rachel. How “Cool Girl” Became the New “Manic Pixie Dream Girl”. Wordship The Fandom, 2015. http://www.worshipthefandom.com/content/how-the-cool-girl-became-the-new-manic-pixie-dream-girl