Seis poemas de Evandro Mattos Rocha
Evandro Mattos Rocha nasceu no dia 26/08/2001, em Feira de Santana – BA, onde reside até os dias atuais. É estudante do curso de Licenciatura em Música da Universidade Estadual de Feira de Santana e já atuou como professor através do PIBID, PIBEX e também autonomamente. Evandro teve suas primeiras experiências com a escrita autoral durante o ensino médio, quando produziu seus primeiros poemas. Atualmente, tem trabalhado em seu terceiro e-Book, reunindo poesias e prosas autorais, além de compor canções e arranjos instrumentais.
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Acalanto
Não vire as costas pra noite
Ela sabe da tua frustração
Não ignore a lua
Ela sabe o quanto desejas ser feliz
Ela sabe da tua luta
Não vire as costas para o horizonte,
Ele já sabe da tua saudade
Do teu medo e da insegurança
Não vire as costas pras estrelas
Elas sabem do teu cansaço
Elas sabem da tua história
Não deixe de cumprimentar o sol
Ele sabe do teu sofrimento
Ele anseia o teu descanso
Permita-te o momento.
*
Auto – Amor
Das tuas sobrevivências noturnas,
Só você sabe.
Do teu afago próprio, individual.
E esse amor,
Mesmo que pareça insuficiente,
É todo teu.
*
1, 6, 4, 5, repete…
Preciso voltar,
Reconhecer onde me perdi…
Desculpar-me pelas falhas,
Relembrar do quanto cresci.
Voltar é necessário.
E não há pressa, irei a pé.
Viver minha turbulência,
Reencontrar a minha fé.
*
Guerreiros Somos
Entre espinhos, navalhas e desgraças,
Brota quem lá costumara
Batalhar sanidade como guerra
No viver: Diária luta travara.
Infernos interiores generalizados…
No decorrer, houve superação.
É chegada hora de se valorizar
A ocorrida própria realização.
Sobre tudo o que se passou,
Reconheçamos nosso valor:
Guerreiros, somos sobreviventes
Do algoz: nossa mente condor.
Ansiar por paz cansa o peito;
Cansaço se torna parceiro de leito;
Pressa depressa deprime o sujeito;
Orgulhemo-nos do progresso feito.
*
Amor por versos
Escrevo como amo
Qual tocasse a liberdade
Busco ponto G do verso
Faço amor com as palavras
Assim também componho
Como amasse cada som
Qual um corpo bem vestido
Vou o despindo em canção
Verso livre meu amor
Anotando cada beijo
Cada sentimento meu
É tesão em toda estrofe
É paixão na partitura
É sabor em dissonância
É velado em poesia
E assim traduzo o meu ser
*
Para ti, Mulher
Já cansei de estar só
Quero em fogo te amar
Quero arder nossos nós
Todas tuas leis burlar
Vou amarrar-me em tudo
Que tu chamas de corpo
Pois, pra mim, é dilúvio
Água, luz do meu horto
Vou crescer pra te ter
Em minha cama, teu lar
Regar-te toda em beijos
Colher o que vais dar
És sereia de ação
Pois já sabe o que quer
Ou vais ser, no colchão
Lá, faço-te mulher
Meu corpo assim te clama
Que me agarre e me encha
Do prazer que me excita
E não me dê clemência
Me amas e me sentas
Me esfrega teu desejo
Me mostra o quanto queres
Bem mais que só meu beijo…
Evandro Mattos Rocha
É uma honra enorme ♥
Obrigado pela oportunidade…