Pequenos rascunhos
ontem me pararam na rua de cima da casa onde renasço todos os dias sem rodeios enfiaram o dedo dentro das minhas misérias interpelando, já pelas minhas costas, "sobre o que rascunha?"
ontem me pararam na rua de cima da casa onde renasço todos os dias sem rodeios enfiaram o dedo dentro das minhas misérias interpelando, já pelas minhas costas, "sobre o que rascunha?"
Intenso e vestido de sublime, o vento passava intermitente varrendo minha grama e rasgando a preguiça do mormaço quente das tarde. Libertava as roupas do varal, e assanhado me lançava uma piscadela de canto de olho, derretendo uma carreta em
antes de dormir rabiscou sabia que manuscreveria momentos desconexos talvez um punhado de efemeridades destoantes que se lançam da mente cansada era assim que justificaria todos aqueles ditos aos olhos desconfiados
Ângela Coradini é poeta e editora na Ruído Manifesto. Comunicadora com Doutorado em Cultura Contemporânea, atua como roteirista e diretora de curta-metragens e pesquisa filmes e séries com temáticas de futuridade e fantasmagoria. *** é tarde e dentro do travesseiro pequenos pedaços do dia