Cinco poemas de Bruno Ramalho de Carvalho
Bruno Ramalho de Carvalho, 42, é poeta, médico, arranha no flugelhorn e se interessa por filosofia. É autor de livra-me, poesia (2019, Scortecci), Do amor deveras e das quimeras (2009, Emooby, apenas em versão digital) e A penúltima coisa que se faz (1999, edição do autor), todos livros de poesia. Participou de diversas antologias poéticas e, no momento, escreve seu próximo livro de poemas, que deve se chamar Colaterais.
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#13
Às vezes, a palavra
tem um tamanho absurdo…
Percebe o quanto cabe
nas 4 letras de tudo?
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#12
Hão
de vir os dias
de versos dos momentos
diversos dos momentos
de vírus-dias.
*
#10
Contradição:
contato sim,
com tato não.
*
#9
O devir,
dever do vírus,
há de vir e
hei de ver.
*
#6
Contradição:
a acidez, sim,
é básica ao não.
ROZANA gASTALDI cOMINAL
poemas curtos em contrastes profundos.