Cinco poesias de Ingrid Santos
Possuo formação em Turismo, sou escritora, carioca de coração e altamente sonhadora e romântica. Escrevo desde criança, mas passei muitos anos longe das palavras e foi há pouco tempo atrás que voltei para abraço mais acolhedor da minha vida, a escrita me cura, me acalenta. Sou autora do blog Livre Essência < https://livreessencia.com/ e no meu Instagram: @santosj.ingrid atualmente produzo vídeos declamando minhas poesias.
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Pedras que sinto
Como pode ser tão pesada
Se mal a vejo no chão
Mas pesava dentro de mim
Pesava e era tão forte como as revoltas da onda do mar.
Mas essa é a minha casa
Não havia outra,
Então eu sempre pisava nas pequenas pedras
Que pesava dentro de mim.
*
Eu queria que fossemos humanos
Corpos sedentos por beleza,
Almas amarguradas que não sabem mais sorrir, nem pedir perdão,
Quando deixamos de ser humanos?
Humanos que estão cheios de manchas, feridas, cicatrizes e ainda assim riem, brincam, se divertem.
Humanos que cometem erros porque muitas das vezes estão altamente perdidos, mergulhados nas suas próprias bagunças e conflitos.
Humanos que não negam sua dor, pelo contrário assumem elas.
Humanos que independente das circunstâncias, ainda carregam dentro de si: sonhos, ideias e desejos.
São tantas versões, mas em todas elas: Humanos,
Nada mais do que isso.
*
Esperança
A saudade me abrigou
E eu senti
O abraço nunca dado,
As palavras nunca ditas
Os encontros jamais marcados
Como acreditar no amor?
Sem nunca ter visto,
Sem nunca ter tocado
Eis que a esperança enclausurada desabrigou
E surgiu como um ato de fé
Renomado e belo,
Que percorre nas escuras noites de sonho.
*
Quarto
Daqui posso ver o sol se despedindo
A lua o cumprimenta e segue adiante
Brevemente a vida silencia
É nesse momento que eu volto
Para calar os pensamentos do dia,
Limpar as lágrimas do passado e
Regar as sementes dos sonhos.
Ah se as paredes pudessem me abraçar
Se o telhado pudesse me ouvir
Se o travesseiro pudesse me acariciar
Talvez eles me dissessem:
Aqui ou lá fora, o tempo sempre vai passar e somente quando ele passar é que você o entenderá.
*
Eu vi o amor
Eu vi o amor,
Às 6 da manhã me olhando no portão
Lutava contra o sono e o frio,
Ao chegar em casa, dizia:
O que você vai comer?
Ora se disfarçava de sermão e preocupação
Era o amor que sempre idealizei
Mas nunca o enxerguei.