intempérie #um Aguaceiro – Memórias táteis, intempéries e outras derivas
o aguaceiro é um programa de poesia e música, beleza e fúria e afetos. antifascista. comandado pela artista-etc Monique Lima. navega com o astrolábio da ternura na web rádio Graviola, também nas rádios independentes Cafundo e Literária Carrapato.
um programa tecido por salivas inquietas, um pé-d’água colaborativo: coletivos, artistas independentes e curadorias partilhadas. o Aguaceiro inundou o dial pela primeira vez no dia cinco de maio de 2021 com o tema: o que é poesia?. a fim de diálogo e escuta ativa. segue em travessia. entre a crista e o vale, altas frequências amorosas e luta anticapitalista: de Mário de Andrade ao corpo que dança, com quantos gestos se faz um mutirão?, avolumou o redemoinho que rememorou o golpe empresarial-militar de 1964, lembrar para nunca mais esquecer (e jamais repetir) se faz urgente. já convocou com alegria as marés densas do sertão ao litoral, com indígenas, caiçaras, latino-americanos, todes juntes e em nado livre. a nascente cinestésica de gozo intenso ondula rumo ao programa de número dezenove.
viva!
com a palavra, Monique Lima:
o aguaceiro co-memora. é pulsão de vida, arte e luta e delírio. uma maré cheia que convoca futuros. sem beira, sem borda. preamar de peito aberto e punhos cerrados e risos frouxos.
participem, indiquem canções e acompanhem o programa pelo Instagram @_aguaceiro.
todos os programas estão disponíveis em: https://www.mixcloud.com/moniquelima/
mergulhem sem moderação, com fôlego e fúria!
p.s. participei de alguns aguaceiros com poesia autoral e algumas leituras-outras, sempre um assombro. também partilhei uma curadoria com a Monique. conjuramos juntas corpos que dançam. reuni amigos e artistas que carrego no esterno, uma grande alegria. deixo aqui, uma prosinha sobre o “meu chuvisco”, como chamo carinhosamente o Aguaceiro #5.
Arte da edição pela artista visual Heloísa Marques
dançar. mover o corpo de modo cadenciado. no dois pra lá, dois pra cá, o aguaceiro proseia palavras e vibra frequências poéticas ancoradas nos quadris. bailado intenso, correnteza. saltos e giros e suspiros. desse encaixe medular, corpos diversos. pulsantes. apalavrados. malemolência que nasce nos poros, métrica coreografada também é luta. mercedes, ana, thiago, carlota, cecília. corpo de baile presente. marta, ismael, débora, marcelo, ingrid. poemas de versos livres e pés saltitantes. de palavra e dança, movimento. destrave, destranque, levante, gire, balance. mexa-se, mergulhe, dance.