Lírio Negro, por Flavia Assunção e Júlia Ana Luz
Toda nossa narrativa gira em torno da nossa força motriz: a obra em sua completude é uma extensão do autor.
A Lírio Negro nasce a partir de uma premissa, por vezes repetida dentro e fora do ambiente escolar (isso por volta dos anos 2000): “Na natureza não existe flor negra”.
Não por acaso, atrelamos isso ao nosso mover literário, que mesmo sendo algo fatídico é necessário que sabíamos abrir espaço, de forma análoga ao plantio, o nosso florescer não é apenas contemplativo, mas sim é necessário que arranquemos as ervas daninhas, além de arar a terra, deitar os nutrientes, abrir um poço para só então deitar as sementes, as deixando nutridas por tempos, até que enfim haja o florescer. Colocar os nossos anseios em palavras e abrir espaço para que outros também o façam.
Buscar nossas raízes, zelando pelo legado que nos foi deixado, partilhando com que trilha conosco o mesmo caminho e abrindo espaço para os que virão.
Aqui iremos partilhar os escritos dos queridos autores que juntos recém essa grande rede literária.
Eu sou porque nós somos.
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Lírio Negro
Que floresce para além das fronteiras, sejam elas
Geográficas ou metafísicas.
Onde dançam as palavras, festejam os versos. Onde há tempo para o ócio, mesmo que apenas de modo
fantasioso.
É a flor negra, quase como o céu no ápice de sua penumbra, que contrariamente trouxe consigo e
conosco o alvorecer do versejo, do festejo e as duras penas de buscar as raízes da nossa história.
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Flavia Assunção, nascida aos 16 de junho de 1999 em São Paulo SP. Sendo seus pais nascidos em Minas Gerais e Bahia; com grande influência sócio cultural de ambos os estados, alfabetizada na cidade de Ilha comprida, litoral sul de São Paulo no colégio Britânia, demais fases vivenciadas no capão redondo extremo sul da zona sul de São Paulo, principais influências na E.E Margarida Maria Alves profa. E E.M.E.F Antônio Alves da Silva Sgto. Atualmente graduada em filosofia, pesquisadora independente da filosofia na educação desde 2015, judoca desde 2009, coordenadora do movimento literário flor-essência desde 2018, acompanhando sua migração, eco-fundadora da Fundação Lírio Negro – Pesquisa e Literatura Independente desde 2019; Co- fundadora do Coletivo da raiz ao fruto dês 2021; poeta e amante das palavras desde quase sempre.
Júlia Ana luz Vieira. 26 anos. Nasceu em São Paulo, mas, após 1 ano de idade foi morar na Bahia com sua mãe e irmã.
Moradora da Zona Rural, vinda de uma família humilde, a escritora estudou sempre em rede pública de ensino, por não ter condições de pagar uma escola particular. Atualmente, cursa Direito, trabalha como Revisora Editorial e é coordenadora/ administradora da Fundação Lírio Negro – Pesquisa e Literatura Independente.
Escreveu seu primeiro livro de poesias, juntamente com sua sócia e prima, Flavia Assunção, de nome: “Se for pra dizer, diga Poesias.”
Vindo a publicar mais tarde, dois romances: “Um amor para toda a vida” e “Faíscas de um amor”. E atualmente, segue com uma série de livros em andamento: “Não preciso de um amor que me complete, porque não estou pela metade”; “Pra não dizer que não falei do amor” e “Diário de uma Suicida”.
Escrever é o meu ato mais puro e cruel de libertação.