Quatro poemas de Angélica Amarante
Angélica Amarante, 27 anos, mãe de duas. Nasceu em São Paulo, estudou Direito por 4 anos antes de desistir de tudo e embarcar para uma mudança de país. Mora atualmente em Best, uma cidade pequenininha no sul da Holanda. Grande admiradora da natureza, de pássaros e mamíferos, coleciona olhares para transmitir outros pontos de vista. Autora no instapoema @angelica.amrt, utiliza como formas de expressão principais a poesia e a fotografia.
Os poemas abaixo compõem o livro Salmoura (Editora Patuá, 2023).
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Se esquecer fosse menos do que duvidar,
se a memória não falhasse em buscar
coisas que demoro um tempo
a parar de sentir.
Se a busca incessante pela certeza
não fosse tão desgastante
a me obrigar a abrir mais uma lata
de cerveja,
eu poderia optar por usar o descansa copos.
E, no fundo, eu admito:
eu esqueço que deixo
marcas na mesa.
*
Das traças aos vermes,
ao cerne da questão
sem sentido,
que brota de uma privação
a cara virada.
Abençoados sejam os ciclos
das estações nos hemisférios.
É um ir e verão de memórias
e mal-estar.
Seja quente na pele ou nos pés,
eu inverno uma desculpa pra faltar.
*
Aquele mito de nascença
quando se morre uma primeira vez.
Retorno às órbitas, eixos,
às avessas que concedem
outra cara à minha face,
por tantas vezes precisar morrer.
*
Aprendi a guardar os instantes
para ter onde beber
dentro de uma caixa de lágrimas.
HÉLDER PINHEIRO MAYER
Interessante o Espaço Cultural literário dedicado a ala feminista. Apesar que considero ser estreante na crítica da expressão literária na concepção profunda oficial reveladora da qualidade da criação realizada. Assim podemos concretizar uma posição definida de abordagem de análise maís efetiva da produção. Feminina comparativa.
ManoelQueirozAssis
É necessário aprender a florir, é o que pede a poesia. Senão a fuga da poesia jamais terá volta. Fernando Pessoa, em um poemeto faz crítica a poetas..
“que triste não saber florir”
#PoetaFantasma