Quatro poemas de Eccio Casasanta Urrutia, com curadoria e tradução de Nina Maria
Eccio Casasanta Urrutia, venezuela, 1968, é poeta ítalo-venezuelano, escritor de haicai, professor, fotógrafo, escritor de contos e romances e engenheiro agrônomo. Recentemente, foi finalista de três antologias, incluindo Haikus, poemas e micro-histórias na Espanha e na Colômbia. Publicou dois livros: Almas Inmigrantes e Las Orillas de las edades, (este último escrito em inglês e espanhol no mesmo livro), ambos à venda na Amazon. Com várias publicações em revistas digitais de prestígio na América Latina. É considerado um poeta romântico que expressa em sua poesia uma linguagem simbólica também ligada ao modernismo e ao vanguardismo, com tons populares moderados.
***
MIENTRAS MAS TE RECUERDO
Pesadumbre inmune, quebrantos,
nuestras horas escriben y hablan
inocente frecuento risas en mis pensamientos.
Descubro llantos en el tiempo.
Amaneceres derraman cariño,
paseos decubren atardeceres rotos.,
reposo en la gloria de nuestro frígido pacto.
Vulnerable paz fluye en el amor,
inspiración insoportable, veneno callado, vespertino,
ignorados sentidos, oscuras sonrisas llueven con cada palabra.
Tesoro hundido en murmullos indescifrables
indecisión aterrada, rostros devorados, barca del sufrimiento sublime.
Peregrino quieto en la brisa perdida,
esteril me balanceo, sin odiarte, acostado, ausente,
quedandome en la desolada claridad, rupturas,
inquietas armonías soportando el nuevo bautizo oculto de tus miradas.
QUANTO MAIS ME LEMBRO DE VOCÊ
Imune ao peso, à fragilidade,
nossas horas escrevem e falam
Inocente, freqüento o riso em meus pensamentos.
Descubro lágrimas no tempo.
As madrugadas derramam afeto,
caminhadas descobrem pores-do-sol quebrados..,
Descanso na glória de nosso frígido pacto.
A paz vulnerável flui no amor,
inspiração insuportável, silenciosa, veneno noturno,
sentidos ignorados, sorrisos sombrios chovem a cada palavra.
Tesouro afundado em murmúrios indecifráveis
indecisão aterrorizada, rostos devorados, barco de sofrimento sublime.
Ainda peregrino na brisa perdida,
estéril eu balanço, não odiando você, mentindo, ausente,
permanecendo na claridade desolada, rupturas,
harmonias inquietas suportando o novo batismo oculto de seus olhares.
*
MUNDO SIN ESPEJOS
Si supieras lo que mi corazón
inventa para apretar tus manos
nunca te irias con la luna llena
a cualquier espacio.,ni negarias lágrimas a tus ojos
mientras me fumo tu llanto.
Cielo sin límites,
reflejos que entran y salen
desde el terciopelo de tu imagen
como soplos que descansan.
Cisne de nieve,
ramo de sueños cabalgando
con aromas de ilusión,
magia desnuda que devora
huellas sin piso ni ladrillos.
Incansable, altiva, silenciosa,
empapas los molinos del horizonte,
alumbras mis llamas en torno a tus besos
nuestro eco sereno se sumerge
en el océano sin playas,
cantando palabras que buscan mi sirena ,
sin latidos palpita mi espejismo
en el regazo que se baña
con enamorados rayos de luna.
MUNDO SEM ESPELHOS
Se você soubesse o que meu coração inventa
inventa para apertar suas mãos
você nunca iria com a lua cheia
para qualquer espaço, nem negaria lágrimas aos seus olhos
enquanto eu fumo suas lágrimas.
Céu sem limites,
reflexos dentro e fora
do veludo de sua imagem
como baforadas que descansam.
Cisne da neve,
buquê de sonhos cavalgando
com aromas de ilusão,
magia nua que devora
pegadas sem chão ou tijolos.
Incansável, altivo, silencioso,
você encharca os moinhos de vento do horizonte,
acende minhas chamas em torno de seus beijos
nosso eco sereno submerge
no oceano sem praias,
cantando palavras que buscam minha sereia,
sem batimentos cardíacos minha miragem palpita
no colo que se banha
com raios de luar enamorados.
*
MUNDO SEM ESPELHOS
Se você soubesse o que meu coração inventa
inventa para apertar suas mãos
você nunca iria com a lua cheia
para qualquer espaço, nem negaria lágrimas aos seus olhos
enquanto eu fumo suas lágrimas.
Céu sem limites,
reflexos dentro e fora
do veludo de sua imagem
como baforadas que descansam.
Cisne da neve,
buquê de sonhos cavalgando
com aromas de ilusão,
magia nua que devora
pegadas sem chão ou tijolos.
Incansável, altivo, silencioso,
você encharca os moinhos de vento do horizonte,
acende minhas chamas em torno de seus beijos
nosso eco sereno submerge
no oceano sem praias,
cantando palavras que buscam minha sereia,
sem batimentos cardíacos minha miragem palpita
no colo que se banha
com raios de luar enamorados.
*
JUNTOS EN LAS DIFICULTADES
Contra las escrupulosas circunstancias,
tumbados por el destino temporal,
nerviosos, abatidos, respiramos.
Se reflejan ilimitadas miradas,
decisiones inconscientes,
fuertes rostros sin formas,
metas que persiguen la cordura.
Saltando ecos de cerrojos sin memoria, remordimientos, lágrimas
robadas., ajusticiada conciencia de una sociedad torpe , esencia de la fatiga
cabalgando ausencias sigilosas!!!
Incontables carcajadas arremeten contra la tristeza,
deslastrando el esencial polvo de la memoria.
Añoro la danza ondulada de cabelleras en el desierto.
Frágil, en el opaco rubí de las miradas
se escucha el rígido fantasma, perpetuo doblega
la horrenda enfermedad de la soledad.
Se esconde entre el silencio y las sábanas sin perfume.
Regresar para nacer desnudos
ejercicios incalculables, detrás de espejos sin rastro,
las sombras del dolor,
tormentas que se alejan entre risas
por laberintos sin tiempo.
Persisten las jaulas de otoño, cuerdas ásperas que aumentan las ojeras
marchitas por los besos que no están,
bajaremos entre andamios sin tierra, legiones sin mañana
Nubes, desobedientes, descifrando arenas y mariposas
observó el tren de copas que me invita a reír,
mientras reposa la fuerza
del viejo inquisidor, lloviendo hachas, lloviendo hogares incrustados
en paradojas de tempestad,
rumiante va liberando gargantas en el poniente sin distancia..
Vuelan recuerdos tristes,
limpiando rostros, aumenta la cercanía ciega de lo invisible,
tendido sobre manos simétricas
sutil duerme la esperanza en el incansable lecho.,
sin mundo, patios abstractos, futuro místico!!!
JUNTOS NAS DIFICULDADES
Contra circunstâncias escrupulosas,
Somos derrubados por um destino temporário,
Nervosos, desanimados, respiramos.
Olhares ilimitados são refletidos,
decisões inconscientes,
rostos fortes e sem forma,
objetivos que buscam a sanidade.
Olhares ilimitados são refletidos,
decisões inconscientes,
rostos fortes e sem forma,
objetivos que buscam a sanidade.
Ecos saltitantes de parafusos sem memória, remorso, lágrimas roubadas,
a consciência abatida de uma sociedade desajeitada, a essência da fadiga cavalgando ausências furtivas!!!!
Inúmeras gargalhadas atacam a tristeza,
desalojando a poeira essencial da memória.
Anseio pela dança ondulante dos cabelos no deserto.
Frágil, no rubi opaco dos olhares
o rígido fantasma é ouvido, perpetuamente se curva
a hedionda doença da solidão.
Escondido no silêncio e nos lençóis sem perfume.
Voltar a nascer nu
exercícios incalculáveis, atrás de espelhos sem deixar rastros,
as sombras da dor,
tempestades que se afastam em meio ao riso
por labirintos sem tempo.
As gaiolas de outono persistem, cordas ásperas que aumentam as olheiras murchas por beijos que não existem,
desceremos entre andaimes sem terra, legiões sem amanhã.
Nuvens, desobedientes, decifrando areias e borboletas
observavam o trem de xícaras que me convida a rir,
enquanto o velho inquisidor
do velho inquisidor, chovendo machados, chovendo casas embutidas em paradoxos de tempestades,
ruminando vai liberando gargantas no oeste sem distância…
Memórias tristes voam,
limpando os rostos, aumenta a proximidade cega do invisível,
deitado em mãos simétricas
sutilmente dorme a esperança na cama incansável..,
pátios abstratos e não mundanos, futuro místico!!!
*
LA TIERRA DE TUS CAUCES
Derramo mi piel,
soy fruta, fuego, pasión mordida,
humedad de tu cuerpo anclado,
ansiado embrujo de mi destino,
capturas mis pasos por el viaje infinito,
distante de tu encanto dormido en mi esencia.
Prófugo,
al borde de tus blancas sedas,
mi boca se reseca en la tierra de tus cauces,
soy tu alma, eres fuente donde las lenguas
fluyen furiosas,
arrancando rugidos ciegos
bebiendo tu presencia,
turbado, repentino en tu locura.
Batallo para encender
la hoguera de tu vestido,
agitados rastros,
suspiros incitan a los cuerpos,
gemelos en la frescura de los hechizos
que habitan en el entreabrir de piernas silentes.
A TERRA DOS LEITOS DE SEUS RIOS
Eu me desfaço de minha pele,
sou fruta, fogo, paixão mordida,
umidade de seu corpo ancorado,
o feitiço do desejo de meu destino,
você captura meus passos para a jornada infinita,
distante de seu encanto adormecido em minha essência.
Profeta,
na borda de suas sedas brancas,
minha boca está seca na terra dos leitos de seus rios,
Eu sou sua alma, você é a fonte onde as línguas
fluem furiosamente,
arrancando rugidos cegos
bebendo sua presença,
perturbado, repentino em sua loucura.
Eu me esforço para acender
a fogueira de seu vestido,
rastros agitados,
suspiros incitam os corpos,
gêmeos na frieza dos feitiços
que habitam a entreabertura das pernas silenciosas.