Três poemas de Debora dos Reis Cordeiro
Debora dos Reis Cordeiro, ludovicense, nascida em novembro de 1984, de pai maranhense e mãe sergipana, Vivaldo e Angélica. Tem dessa relação três irmãs. É professora, formada em Pedagogia pela Universidade Federal do Maranhão, e Mestra pela Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará. Atua no campo da educação desde 2008, e faz poesia desde que começou o seu letramento escolar. Em sua primeira publicação, Histérica estabelece um marco temporal não só em sua história inicial de poeta, mas doravante, de vida.
Os poemas abaixo integram o livro Histérica, publicado pela Editora Folheando, que está com chamada aberta para envio de originais para os gêneros de conto, crônica, ensaio, poesia e romance. Os interessados em participar devem enviar os originais para o e-mail original@editorafolheando.com.br até o dia 5 de agosto.
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TRÊS
Tenho três personas
Coexistem na minha própria cidade
Um dia, deus, por maldade
Organizou um estribilho
E fez
cada uma
gerar um filho.
*
ALFORRIA
Saí de casa para preservar o meu filho
Parto cesárea na cela
Só me dando a liberdade
Ele poderá ser dela.
*
CICATRIZ
Nenhum problema com a cicatriz
Ela conta como eu cheguei até aqui
Senta comigo na mesa do café
Ri comigo das vidas, dos homens, da fé.
Olha nos meus olhos e me encara
Não sussurra,
Não melindra,
Não oblíqua
Escancara.
Pronome pessoal reto
Substitui-me, coloca-me um teto.
Decerto,
Sombria à primeira vista
Traz a dor em segundos
Da onda, a crista.
Entretanto,
Alívio à segunda vista
Traz conforto após anos
Se apraz nela.
Por um triz não é trauma
Porque é cura
Fica a marca da tragédia
Mas selada na ternura.
De quem vive após derramar-se
Em sangue vermelho vivo
Renasce comigo,
É clemência –
Nada contra a cicatriz:
É ela, tatuagem da existência.
LEANDRO CENSI DE OLIVEIRA
Belos poemas.
Jose sirqueira abreu
Quero que publique alguns poemas meus kkkk
Aurélio Miranda de Jesus Filho
Vocês publicam um poeminha meu? Rsss!
ANTÔNIO OLIVEIRA DO NASCIMENTO
Que bom amigos! Que bom foi a leitura desses poemas
Mayara cassiano
Lindos poemas!