Três poemas de Paulo Henrique Cardoso Medrado
Paulo Henrique Cardoso Medrado, Professor de Filosofia, Escritor, Membro da Academia de Letras de Barreiras, Membro do Corpo Editorial da Revista Escrita e mestrando em Letras pela UESB.
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PO*ÉTICA*MENTE
Poetizar com os pés no chão,
Fazer da mente uma escavadeira para buscar as palavras que ainda não são…
Tocar nas pedras no seu estado natural e modificar a percepção que medra na visão.
Forrar a cama e deixar o sono deitado para a noite.
Deixar o verbo verbalizar por entre a carne morna…
Andar com passos firmes na beira da praia, enquanto as ondas levam os pés para
caminhar nos corais.
Tentar lembrar uma palavra e ao perguntar a alguém, ambos lembram, mas ela fica a
flanar nas cordas vocais.
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BIJUTERIAS EMOCIONAIS
Sem juízo,
Não vai acontecer nada que configure um prejuízo,
Sem juízo,
Vão surgir coisas incríveis, jamais vistas ou faladas, um novo sol, além paraíso,
Sem juízo,
Tecerá o caminho novo que suplante as bijuterias emocionantes, através do sexto
sentido,
Sem juízo,
A moral beligerante perde seu gás tonificante e a diferença borda sua afirmação no
tecido.
*
CIRANDA SOBRE O ABISMO
Existe uma criança assustada, perdida, aflita nos interiores de cada interior.
Por algum motivo desconhecido, soltaram a sua mão e ficaram desgarradas nas cidades
de pedra…
Isoladas na sua proximidade, indiferentes aos entes da ludicidade que atrai a irmandade.
Ela cria uma geografia própria, uma diferença que se diferencia a cada gesto de
criação…
Uma nação inventada na "terra do nunca", onde o adulto não adultéra o ser primordial.
Vamos brincar
Vamos contar
Vamos juntar nossas invenções, inventar e jogar os dados da partida inicial…
ManoelQueirozAssis
Dia desse li um poema de Patativa do Assaré, fiquei deveras com dúvida cruel. Perceber a poesia atual, está difícil de compreender. Ser poeta é nascer poeta. Um carpinteiro Faz-se o carpinteiro. Não foi com essas palavras que disse o maior poeta da língua portuguesa Fernando Pessoa.
#PoetaFantasma