Três poemas de Pedro Albuquerque
Pedro Albuquerque nasceu em 1992 e começou a criar estórias aos 3 anos quando ditava à família aquilo que queria colocar em papel. Aos 6, iniciou-se na poesia e nas declamações.
Publicou o 1º livro aos 30: exTratos Dramáticos, iniciando uma digressão nacional de apresentação do mesmo com músicos e declamadores portugueses e brasileiros.
Lançará o seu próximo livro em 2024.
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DESAMPARO II
E no dia seguinte à morte
Como cortina encerrando a cena
Irromperá uma manhã de nevoeiro
Para a silhueta do meu palco perder
E jamais um aplauso repetir.
in exTratos Dramáticos, 2022, p.81
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A LINHA TORTA DE CAETANO
ao Caetano Veloso
A palavra
Doce travo a japoneira
Viajou de mão em mão
Da tua unha reta
Rente ao céu da boca da Bahia
Até ao coração dos meus dias
Como missa de porta aberta
Uma ode à vida e a Deus
Que mais uma vez
Escreveu certo por linhas tortas
Pois, ao conhecer-te – Caetano
A voz te deu como um rio
Para que lá longe no exílio
O coletivo acordasses.
in exTratos Dramáticos, 2022, p.62
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SÁBADO
Sábado
Foi a última vez
Que à varanda as açucenas quis
De sacrilégios estou eu cheio
E, agora, diz
Que me chega o cheiro a pinhal
Um copo de vinho e o dia é horizontal
E não me arrependo.
in exTratos Dramáticos, 2022, p.39
Milton Ribeiro Marinho
Em meio a tantos desvarios e BESTEIRAS que a a indústria da subcultura insiste em criar legionários, é sempre bom saber que jovens não se renderam e continuam a enfrentar essa “ordem”.
Parabéns ao wuldson Marcelo, que promove a poesia de uma juventude cheia de auroras e amanheceres.
Cristina
Vocês precisam conhecer a poetisa carioca Giselle del pino.