Um poema de Carlos Orfeu
Carlos Orfeu nasceu em Queimados. É devoto das artes, sobretudo, da literatura e da poesia. Publica em blogs pessoais, revistas e blogs literários. O poeta, em 2017, lançou o livro Invisíveis cotidianos pela editora Literacidade.
***
O rosto é uma casa que desaba na paisagem
I
o rosto que tu abriste
só para ver o avesso
é uma casa que desaba
na paisagem
é um desequilíbrio
na torção da dúvida
II
o rosto pode ser cela
no teu olho
ou quintal
onde teus cílios
passeiam como folhas
fossilizadas
III
acena para os olhos
exortados do rosto
desliza os dedos
no duplo buraco
áspero e vazio
como uma casa cega
IV
o rosto busca
a incognoscível
abertura
entre o possível
infinito
e a alteridade que nos
atravessa
e transcende
Fernando Maia
POemas que são fotografias da cabeça incognoscível do grande poeta Carlos Orfeu. Eu, leitor assíduo de sua mente, me sinto alguém que ler mãos e caminhos quando leio carlos Orfeu. os poemas são recortes lúcidos de sua lucidez e nosso deleite.
Fernando Maia
POemas que são fotografias da cabeça incognoscível do grande poeta Carlos Orfeu. Eu, leitor assíduo de sua mente, me sinto alguém que ler mãos e caminhos quando leio carlos Orfeu. os poemas são recortes lúcidos de sua (in)lucidez e nosso deleite.