Um poema visual de Henrique Santian
Henrique Santian é fotógrafo documentarista e artista visual multimídia, nascido em 1989 em Sorriso, no norte de Mato Grosso. Trabalha com fotografia desde os 15 anos, tendo conquistado boa parte de seu repertório de forma autodidata. Seu portfólio é diverso e tem como marca um distinto olhar autoral. Atualmente, desenvolve uma série de projetos documentais e artísticos concomitantes, dos quais se destacam Olhares Ocultos, Paisagens Perceptíveis, que explora geograficamente a transição entre os biomas mato-grossenses e suas diversidades culturais; a série Homens de Pedra, que retrata o cotidiano de José Francisco da Silva, o Pernambuco, e sua família instalada no lixão de Confresa, em condições insalubres de vida; e a série Xingu Vivo, que registra fragmentos do cotidiano da etnia Wauja e será expandida para registrar o Kwarup, ou Kaumai, importante ritual de homenagem aos mortos que congrega representantes de todos os povos do Alto Xingu. Santian também desenvolve trabalhos de registro fotográfico e oficinas para ONGs e instituições ligadas aos povos nativos e à preservação do meio-ambiente, como a Operação Amazônia Nativa (OPAN), o Earth Innovation Institute (EII) e o Escritório Nacional de Florestas (a francesa ONF). Em junho de 2018 estreará na galeria do Sesc Arsenal (Cuiabá) sua próxima exposição, A Fé de Francisca, registro documental da sua amiga benzedeira Vó Chica, de 104 anos, que segue atuando junto à comunidade em Chapada dos Guimarães. Seu portfólio completo pode ser conhecido em behance.net/santian.