Julia Quinn, além do Duque de Hastings – Por Ingrid Azevêdo
CAFÉ LITERÁRIO é a coluna reservada à escritora e poeta Ingrid Azevêdo. Aqui, mensalmente, ela será apenas Dindi, a curiosa escritora que trará suas vivências enquanto autora, tendências literárias e a mulher na literatura, tanto nos livros, quanto em todo o mundo literário que a cerca. A ideia é trazer e dissipar sua paixão pela literatura e por tudo que envolve conhecimento e saber, o quão o mundo da escrita pode ser abrangente e até onde você pode chegar com os livros. Desafios, novas descobertas e experiências enquanto escritora também serão compartilhados com vocês, a partir desse encontro que promete ser aconchegante e muito acolhedor, como um bom café literário tem a oferecer. E ai?? Vai um expresso?
Ingrid Azevedo é natural de Feira de Santana, Bahia. Escritora, poeta, graduanda em Letras na Universidade Estadual de Feira de Santana, sagitariana, têm 22 anos e atualmente possui um livro publicado, o Verde Eu – Laboratório Poético (Quarteto Editora – 2018). Escreve desde os 10 anos e utiliza isso como uma forma de se expressar pois sabe que a poesia alimenta sua essência e transborda seus sentimentos. Sempre muito comunicativa, por onde passa cria novas amizades, preenche espaços e ocupa o ambiente. Ela é daquelas que encontra inspiração nas pequenas coisas que a envolve no dia-a-dia, transformando a mais singela folha seca em uma nova poesia. Com a escrita ela se expressa, se comunica, se envolve, e se liberta. Em busca constante do conhecimento e novas descobertas, é apaixonada pela quantidade de coisas que pode transmitir com as palavras. Leitora, artista, sonhadora, e curiosa, essa é Dindi, a Ingrid Azevedo do Verde Eu, que aos poucos vem a amadurecer.
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Julia Quinn, além do Duque de Hastings
Cá estou eu, que tanto adormeci na escrita, voltando aos poucos… seguimos, infelizmente, ainda na pandemia, mas com a vida adaptada e cada vez mais “normal”, bem entre aspas mesmo. A ansiedade ainda me perturba uma vez ou outra, e tento fugir das confusões mentais. Minha escrita se desregulou, não florescem mais poesias com tanta facilidade, e a leitura caiu na ressaca literária. Mas quanta coisa boa também aprendi!! E quantas coisas tenho para compartilhar!!
A inquietude do leitor sempre se destaca sobre algo novo que vem a surgir, e vejo agora tantas pessoas conhecendo a maravilhosa série dos Bridgerstons, baseada nos livros escritos por Julia Quinn (2000), o qual conta um pouco sobre a história dos 8 irmãos Bridgerstons e a nata da sociedade londrina do século XIX, em seus 9 volumes (O Duque e Eu; O Visconde que Me Amava; Um Perfeito Cavalheiro; Os Segredos de Colin Bridgerston; Para Sir Philip, Com Amor; O Conde Enfeitiçado; Um Beijo Inesquecível; A Caminho do Altar; E Viveram Felizes Para Sempre).
Eu conheci a autora pelos livros, mas muitos só a conheceram agora, com a série da Netflix, intitulada Bridgerstons. E sim, é um grande sucesso e deu uma voz incrível a essa série que já acumulava tantos fãs pelo mundo. Mas eu defendo com todas as armas literárias que nada supera a real magia contida nos livros, tão bem contado por Julia Quinn, uma das minhas escritoras preferidas.
A maioria dos leitores tiveram seu primeiro contato com a autora já com o nosso queridinho O Duque e Eu, mas comigo aconteceu um movimento diferente, comecei por outro lado… Tudo começou quando me apaixonei por uma capa! Estava perambulando pela Feira do Livro aqui da minha cidade, Feira De Santana – Bahia, e bati meus olhos na capa de “Uma Dama Fora dos Padrões” e foi amor à primeira vista! – É o primeiro livro da saga dos Rokesbys, uma série de livros mais recentes de Julia Quinn. – Eu já tinha visto aquela capa antes e desejei ler, mas nesse reencontro a magia foi diferente e sai dali com o livro já em mãos, ansiosa para devorá-lo e descobrir o que aquela capa trazia junto com ela. E nossa, me deliciei nas páginas, na história, na escrita incrível de Júlia, nos personagens e na autora. Assim que terminei corri logo para ler o segundo da série (atualmente essa série contém 4 volumes). E então em um dia qualquer, indo pegar o ônibus para a UEFS, com esse segundo livro embaixo do braço, encontrei uma amiga do curso no ponto, a Maria Rafaelle, e quando ela me viu com o livro, e quem era a autora, já ficou super empolgada, logo me apresentou a série “Os Bridgerstons” e poucos dias depois me emprestou seu livro O Duque e Eu, e então novamente ME APAIXONEI!!! A escrita de Julia Quinn me faz querer entrar nos livros, devorar as páginas como se fossem tortas de chocolates, ou melhor, biscoitinhos com chá hahah. E assim fui conhecendo outros livros e séries dela, despertando em mim essa nova paixão pelo romance histórico, principalmente os londrinos. A mistura do antigo com a escrita atual é um atrativo maravilhoso aos corações quentinhos e que gostam de uma leitura leve e muito gostosa.
Júlia Quinn não só me apresentou seus livros com seu talento, mas também despertou minha paixão por esse gênero. Daí conheci também outras autoras, como Lisa Kleypas, Mary Balogh, me fez querer ler Jane Austen além do famoso “Orgulho e Preconceito” (esse já conheci primeiro com o filme, para depois ler o livro – MARAVILHOSO). E com isso tudo, esse mundo de romance de época com protagonistas cheias de personalidade, empoderadas, se transformou em meu queridinho (é a chave para me encantar, hein). E claro que isso se soma ao fato de eu amar um clichê, não consigo resistir!!!! Como escritora quero só esse talento maravilhoso que Julia Quinn tem de fazer você ir a Londres no século retrasado e desejar uma tarde de chá urgente hahah
E você? Qual foi seu primeiro contato com gênero? E com Júlia Quinn?? Já a conhece? Pois, se e ainda não, garanto que irá amar essa autora tão talentosa e corre um grande risco de se apaixonar.
Ps: Espero que Lady Whistledown faça uma boa crítica!!!
daniel garcia rodrigues
Você escreve bem gostosinho, é bonito de se ler, parabéns!
Mas tem uns errinhos de revisão, como em “baseada nos livros escritos por Julia Quinn (2000), o qual conta um pouco sobre a história dos 8 irmãos Bridgerstons e a nata da sociedade londrina do século XIX”.
o correto é “os quais contam”, concordando com “nos livros”.
É só uma dica de olhar atento deste colega que também é escritor, e doutor em teoria da literatura.